terça-feira, 28 de outubro de 2008

Ensaio sobre a perspectiva. . .

Falaríeis da perspectiva, a fato de olhar aquilo além do que se vê. Caso simples fosse desse jeito, não teria porque perder meu tempo escrevendo sobre isso, mas essa coisa chamada de perspectiva não chega a ser um problema, muitos a almejam e, com razão, pois é a abertura de olhares e pontos de vista, a entrada da luz, que simboliza a razão do ser humano comum. Após essa breve demonstração, sinto informar que como no taoísmo, tudo possui seu lado bom e ruim, se a posse da perspectiva é a entrada da luz, a falta da mesma mostra o nada, a perfeita percepção do breu, a falta ou a não posse da perspectiva é pior que não conhecê-la. Um sábio pintor foi seu adventista pratico, antes de sua temática artística, quando um quadro era pintado e algo queria ser mostrado, o objeto em si era retratado na tela, um prato sobre uma mesa era pintado literalmente com a face exposta para frente, verticalmente. A perspectiva artística nasceu quando esse sábio pintor, já exposto antes, resolveu retratar de uma forma distinta da habitual o todo, fazendo com que seus apreciadores olhassem alem do que viam, retratando agora uma mesa, porem com uma borda de prato em cima da mesma, não era um prato perfeitamente pintado, e sim uma idéia transpassada, aquilo era um prato mesmo não estando todo lá. Para um sonhador nada pode ser pior do que não mais conseguir sonhar, para um romântico, não mais conseguir amar, essa perda, esta quebra de costumes e parâmetros existenciais, nos faz cair como os pratos pintados sobre o nada, caímos, e por lá ficamos, pois conseguimos olhar, mas nada enxergamos, e não há dor maior para um sábio que esta, olhar e nada enxergar.

Nenhum comentário: